22 janeiro, 2012

Deixar fluir


Eu até estava indo bem, muito bem por sinal. Até alguém vir me falar de você. Meu Deus eu não quero mais ouvir, pensar, falar de você, tocar no seu nome, lembrar que você existe. Mas sempre tem alguém pra relembrar o que há tempos tento esquecer. Tento não, eu já até consegui, já está superado e eu só não gosto de lembrar. Opção minha.
Estou seguindo minha vida, que antes eu não entendia, mas hoje eu vejo que é bem melhor sem você. E estou me expandindo, evoluindo, rompendo com memórias nostálgicas e com tudo que tenha a ver com um-passado-não-muito-distante-que-me-fez-sofrer. 
Então eu só peço licença às pessoas que insistem em buscar episódios do fundo do baú e trazer à tona com alguma intenção de me atingir. O fato é que eu não quero saber, não mais. Não mesmo. O que aconteceu ou que deixou de acontecer não me interessa mais. Aliás, nada que tenha a ver com você não me importa mais há tempos. 
Eu sempre sonhei com o dia que iria dizer isso de cabeça erguida e consciência limpa. E acho que o segredo foi somente me deixar fluir. 
Estou, apesar dos apesares dos dias, fluindo tão bem...

10 janeiro, 2012

Madrugada

Eu ainda sento no sofá da sala, quase sempre madrugada quando não tem nada nem ninguém pra incomodar. Seja com som e luz, ou não, eu sou do tipo que gosta de um pouco de solidão. Parece que ela nos empurra pra dentro de nós mesmos e eu acho isso até um certo ponto agradável.
É janeiro e estou esperando o inverno chegar. Não gosto de chuva, mas gosto daquele clima nublado e de frio que envolve a gente. É que eu ando assim, meio envolvida pelas emoções, involuntariamente, porque eu queria mesmo era estar de pés no chão, firme e forte. Mas não, eu não estou assim. Eu sequer estou lutando pra ficar assim. E não me pergunte o porquê. Eu não saberia explicar.
E fico pensando que se você estivesse aqui dividindo esse sofá, essa madrugada, esse mês, esse quase-inverno, comigo seria diferente. Mas espere. Eu não te quero aqui, mas você nunca me obedece e mesmo sem licença invade de novo meu subconsciente. Eu já até botei uma música, depois fui ler um livro, depois fechei os olhos e fingi dormir pra não te dar atenção.
São 5:15 da manhã. Eu nem penso mais em dormir e nem fingir. Tomo banho, faço meu café e vou para o serviço. Não me acompanhe, por favor. A madrugada já foi longa demais e eu preciso do dia leve, novo e inteirinho pra mim. Eu preciso do dia sem você abstrato, pelo menos até as próximas 3:00 da manhã novamente.


03 janeiro, 2012


Ele é cheio de garotas e pela primeira vez na vida sorri ao pensar isso. Tá certo ele. Bonitão, rico, engraçado e safado. Que mulher não se apaixona por ele?
Eu. Eu não me apaixono mais por ele. O que significa que agora podemos nos relacionar. O que significa que agora, posso ficar tranquilamente ao lado dele sem odiar meu cabelo e minha bunda e minha loucura. E posso vê-lo literalmente duas vezes ao ano, sem achar que duas vezes na semana são duas vezes ao ano. E posso vê-lo ir embora, sem me desmanchar ou querer abraçar meu porteiro e chorar. Consigo até dar tchauzinho do portão. Tchau, vou comer um pedaço de torta de nozes e assoviar. Tchau, querido mais um ser humano do planeta.


(Tati Bernardi)

02 janeiro, 2012

Selinho Comemorativo

01 janeiro, 2012

Para um bom começo de ano


Início de mais um ano e a vontade de que tudo seja diferente. Eu quase chorei hoje, confesso. Acho que essa mistura de passado, presente e futuro acaba causando uma confusão interna, quase que inexplicável.
Mas para um bom começo de ano eu resolvi deixar as lágrimas no passado, ou pelo menos adiá-las, já que nem sempre será possível contê-las.
Eu só não quero me perder por um caminho que não tenha saída. Até porque já estou percebendo que certas coisas estão acontecendo depressa demais e não tenho certeza se é assim que eu quero, sabe?!? Eu não quero me decepcionar e também não quero decepcionar ninguém. Chega de decepções, chega de mágoas, chega de qualquer coisa que leve ao sofrimento. Prometi que ia começar o ano com o pé direito, e dessa forma quero ir até o final dele.
Não quero sentir que as coisas são estranhas, não quero duvidar de bons sentimentos manifestados pra mim, não quero exigir nada de ninguém e nem esperar mudanças que sejam feitas por mim também. Chega disso, até hoje nada disso deu certo. Eu quero é que as coisas aconteçam naturalmente, sem pressa, sem medo, sem dor.
Só quero segurar a mão de quem seja limpo, verdadeiro e fiel. E que eu me poupe de quem não é.
Estou com todos os sentimentos bons do mundo para oferecer, desde que, ao meu lado, eu tenha pessoas suficientemente boas para compartilhar.